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ESCARPADOS CAMINHOS |
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O mais recente trabalho do Rodapé ao optar pela fusão entre o som acústico e o electrónico, assume-se como uma ponte entre a tradição musical e o presente Um disco em que se torna patente, que a música tradicional se encontra em constante evolução, adaptando-se a novos tempos e mantendo como base o rico legado musical deixado pelos nossos ancestrais.
OUVIR ALGUNS TEMAS DO DISCO:
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FICHA TÉCNICA
Produção
Misturas
e masterização
Produzido
e gravado
Edição
Fabricado
por
Participações
especiais:
Alberto
Fadista
Claudio
Trindade (Modas à Margem doTempo)
Celina
Piedade (Rodrigo Leão, Modas à Margem do Tempo e
Uxukalhos)
Joana
Negrão (Uxukalhos)
Vitor
Félix (Gaitafolia)
Pedro
e Caldeira (Grupo Etnográfico Cantares de Évora)
Manuel
Molefas
João
Bacelar
1 - BURGO VELHO Estas árvores e o sol Fazem sombras nas janelas, São o recado destas
tardes Ao silêncio das estrelas. Aquelas altas florestas Onde estão velhos
conventos, Anos a fio recolhidos Do sussurro destes ventos. A espiga quente do trigo Que baloiça na
planície, O rio de água que
emoldura Este chão à
superfície. O perpassar dos silêncios Entre sombras
debruçados, Lembram painéis
quinhentistas Pela traça devorados. Poema - Antunes da Silva Música - Rodapé Voz e baixo eléctrico -
Agostinho Teodoro Violino - Daniel Canelas Guitarra acústica -
Estevão Guitarra acústica - Fernando Costa Percussão - Joaquim
Manuel e Manuel Fernandes Sintetizador
- Manuel Fernandes Programação/Sampling
e percussão - João Bacelar Arranjos - Rodapé |
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2 - Ó MEU
MENINO JESUS Ó meu Menino Jesus, Ó meu menino tão
belo, Onde foste a nascer Ó rigor do caramelo. (bis) Ó meu meu Menino Jesus Não queiras menino ser,
No rigor do caramelo A neve te faz gemer. (bis) O menino da Senhora Chama pai a S. José, Que lhe “truxe” uns sapatinhos Da feira de S.
André. (bis) O menino chora, chora Chora pelos sapatinhos, Haja quem lhe dê as solas Que eu lhe darei os
saltinhos. (bis) Dá-me o teu menino, Não dou, não
dou, não dou Dá-me o teu menino, Vai à missa que eu
já vou. Moda Popular
(Campo Maior) Recolha - Michel Giacometti Voz - Agostinho Teodoro Violino - Daniel Canelas Bandolim -
Estevão Guitarra acústica - Fernando Costa Acordeão - Joaquim
Manuel Percussão - Joaquim
Manuel e Manuel Fernandes Sarronca -
Manuel Fernandes Programação/Sampling
e percussão - João Bacelar Rodapé - Arranjos Canto recolhido em campo
Maior. Canta-se no Natal, já pelas ruas, já em
família, acompanhado do popular instrumento designado por Ronca
ou Zabumba. A ronca é
constituída por um púcaro de barro ao qual se adapta um
pedaço de pele de anho da qual passa um junco que o executante
fricciona por meio de um movimento de vai-vem. (Michel
Giacometti- in Portuguese Folk Music-Volume 4-Alentejo-Strauss-SP 4201) |
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3 – TRALHOADA Tralhoada é termo que, nas
províncias do Ribatejo e do Alentejo, se aplica propriamente a
três juntas de bois que puxam a um carro, uma charrua, etc., e
que neste caso, se assimila à ancestral cantilena de afago e
incitamento aos animais durante o trabalho da lavra. (Michel Giacometti-in Portuguese Folk
Music-Volume 4-Alentejo-Strauss-SP 4201) A voz que interpreta este tema é do sr. Aberto Fadista,
natural de S. Brás do Regedouro-Évora, que trabalhou no
campo com três juntas de bois a lavrar a terra. Aprendeu esta cantiga com os
trabalhadores que aparecem nas recolhas de Michel Giacometti (in
Portuguese Folk Music-Volume 4-Alentejo-Strauss-SP 4201) Tema popular (Évora) Voz - Alberto Fadista Recolha - Fernando Costa Edição,
Produção, Programação/Sampling -
João Bacelar |
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4 – VIRGEM
DE GUADALUPE
Quando vai pela ribeira, Descalcinha pela areia Bis Parece uma rianceira. Ondinhas vem, Ondinhas vem, Ondinhas vem do mar, Não te vás
à rianceira Não te vás
amariar. Cada vez que passo a ponte Bis Sempre te encontro lavando, A formosura que tu tens Bis A água a vai levando. Ondinhas vem, Ondinhas vem, Ondinhas vem do mar, Não te vás
à rianceira Não te vás a
mariar. Moda popular Voz - Agostinho Teodoro Violino - Daniel Canelas Guitarra acústica - Estevão Braguesa - Fernando Costa Acordeão - Joaquim
Manuel Percussão ( Tamboril,
Pau-chuva e bombo) - Joaquim Manuel e
Manuel Fernandes Cântaros - Claudio
Trindade Coros - Agostinho Teodoro,
Manuel Fernandes, Fernando Costa, Claudio Trindade e João Bacelar Programação/Sampling
e percussão - João Bacelar Rodapé - Arranjos |
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5 - SAIAS DE
BENCATEL Aldeia de Bencatel Aldeia da mocidade, Terra onde arranjei Amores à minha vontade. Deitei um limão correndo Pela rua nova abaixo, Quanto mais o limão
corre Mais lind’amor eu te acho. Esta rua tem pedrinhas Esta rua pedras tem, Eu das pedras não quero
nada Mas da rua quero alguém. Vila Viçosa é de
seda São Romão,
é de veludo, Com respeito à mocidade Bencatel bate tudo. Moda popular (Bencatel) Recolha - Fernando Costa Voz - Agostinho Teodoro Violino - Daniel Canelas Baixo eléctrico e
escovas - Estevão Bandolim - Fernando Costa Acordeão - Joaquim
Manuel Percussão (Ferrinhos,
bombos, tamborim) - Manuel Fernandes Coros - Agostinho Teodoro,
Manuel Fernandes e Fernando Costa Programação/Sampling
e percussão - João Bacelar Rodapé - Arranjos |
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6 - TERRA DO BRAVO (Instrumental) Tema popular
(Açores) Baixo Eléctrico -
Agostinho Teodoro Violino - Daniel Canelas Guitarra acústica - Estevão Cavaquinho e braguesa -
Fernando Costa Acordeão - Joaquim
Manuel Percussão (bombo) -
Manuel Fernandes Reco (sapo) e
edição - João Bacelar Rodapé - Arranjos |
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7 - ALENTEJO, ALENTEJO O sol pinta o trigo d’oiro A lua, as folhas de prata, Alentejo és um “tesoiro” Que o ceifeiro aos molhos ata. Alentejo dos “tesoiros” E das moiras encantadas, Trazes n’alma a nostalgia Dessas “huris” sepultadas. O sol dá vida às
flores Neste alentejo formoso, Cobre d’oiro lindas cores O seu solo grandioso. Se vieres ao alentejo Não tragas o teu farnel, Que quando há boa
vontade Até o pão sabe a
mel. Ó terras do alentejo Ó terras que sempre
amei, Foi ceifando os loiros trigos Que o meu amor encontrei. Recolha das quadras - Victor
Santos Música - Rodapé Voz e Baixo eléctrico -
Agostinho Teodoro Violino - Daniel Canelas Guitarra acústica -
Estevão Guitarra acústica -
Fernando Costa Acordeão - Joaquim
Manuel Percussão ( Ferrinhos e
bombos) - Manuel Fernandes Coros - Agostinho Teodoro,
Manuel Fernandes, Fernando Costa , Daniel
Canelas e João Bacelar Edição, Sampling
, percussão e almofariz -
João Bacelar Gaita de foles - Vitor
Félix Rodapé - Arranjos |
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8 – JANEIRAS DE ÉVORA (Chegada à porta) Acorda se estás dormindo Nesse sono tão profundo, Às portas te
estão pedindo P’rás almas do outro
mundo. E as almas do outro mundo Batem aos vossos portados, Acorda se queres ouvir Das almas os tristes brados. Tristes brados dão as
almas Isto é, tudo bem certo, P´ra quem vive
arrependido Está o sacramento
aberto. As almas do outro mundo Elas te mandam pedir, Que lhe leves as esmolas Q’elas não podem
cá vir. (Despedida) E as esmolas que vós
destes Se as destes com
devoção, Na terra terás o
prémio Lá no céu a
salvação. Moda popular
recolhida em Évora, junto da Sra. Helena Jesus Grilo Recolha - Fernando Costa Voz -
Agostinho Teodoro Bandola - João Bacelar Coro - João Bacelar Percussão - Manuel
Fernandes Programação /
Sampling , percussão - João
Bacelar Rodapé - Arranjos |
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9 - VAI-TE EMBORA PASSARINHO
(Canção de berço) Vai-te embora passarinho Deixa a baga do loureiro, Deixa dormir o menina Que está no sono
primeiro. Que está no sono
primeiro Que está no primeiro
sono, Vai-te embora, passarinho Que a menina já tem
dono. Que a menina já tem dono Que a menina dono tem, Vai-te embora, passarinho Deixa dormir o meu bem. Algum dia eu cantando Ria-se o céu, ria a
terra, Agora já todos choram Eu já não serei
quem era. Moda popular (Alentejo) Voz (ponto) - Agostinho
Teodoro Percussão - Joaquim
Manuel , Manuel Fernandes e Estevão
Coro alentejano - Caldeira , Pedro (alto), Manuel
Molefas e Fernando Costa Rodapé - Arranjos |
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10 -
PRIMAVERA ALENTEJANA
Rompe a Aurora, nasce o dia Iluminando o montado, Como um hino à alegria Houve-se balir o gado. Roxo, verde e amarelo Olho à volta é o
que vejo, Não há nada
assim tão belo Ó meu querido Alentejo. REFRÃO
Lindos campos verdejantes Matizados de papoilas, Já não
são como eram antes Mondados pelas moçoilas. Perfumados de poejo Os campos de solidão, É assim o Alentejo Que trago no
coração. O melro canta no silvado O grilo no buraquinho, E eu por ti apaixonado Alentejo meu cantinho. REFRÃO
Poema - Hermínia
Gaidão Costa (em memória de
Margarida Gaidão) Música - Hermínia Costa Baixo eléctrico - Agostinho Teodoro Voz - Joana Negrão e Celina Piedade Violino - Daniel Canelas Guitarra acústica - Estevão Acordeão - Joaquim Manuel Percussão (Bandola, berim-bau de boca e reco sapo) - João Bacelar Programação/sampling - João Bacelar Edição, Sampling, percussão e almofariz - João Bacelar Arranjos - Rodapé/Celina Piedade |
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11 -
ESCARPADOS CAMINHOS Composição a partir de poesia e conversa com José Francisco Fragoso (Santana do Campo).
Recolha - Paulo Lima (1993). Arquivo fonográfico da Câmara Municipal de Portel Composição, programação e sampling - João Bacelar Cântaros e adufes - Claudio Trindade |
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